sábado, 5 de novembro de 2011

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Será que nós voltaríamos ser nós mesmos depois disso? Será que não seríamos vencidos pelo constrangimento que instalará quando nos silencíassemos? Ou no silêncio que se formará na volta para casa, nas andanças na rua, na subida do elevador e na solidão da sala, quando estivermos entregues ao eco da memória, pinçando no subconsciente as possibilidades mais remotas que da desconfiança evoluirá para venenos fatais? Quando eu desanimo a Giger diz. “as palavras não ditas fazem mais estragos.” Ela tinha razão, como sempre. Mas o processo de cura era assim tão doloroso? Era preciso virar, revirar e virar de novo? Partir, consertar, partir e consertar de novo? Por um momento, eu juro, desejei que o namoro tivesse terminado hoje de manhã. Não, não é por causa da responsabilidade. E sim, porque durante a conversa me deparei com a terrível verdade e o patético resumo da minha vida amorosa. Tudo isso me doia e era difícil porque eu não estava pronto para o amor. Eu não estava preparado para o amor. Aos 13 anos eu não estava preparado para o amor. Aos 17, eu não estava preparado para o amor. Aos 20, aos 23, eu não estava preparado para o amor. Agora aos 29, eu não estava preparado para o amor. Aos 30, 35, 40 talvez eu não esteja preparado para o amor. Talvez, eu nunca esteja preparado para o amor. " 

Créditos: Marcelo H.

0 Pessoas invadiram meus sonhos.:

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