Tinha 16 anos e sempre saía de casa pra ficar sozinha. Ia pra uma campina no meio da floresta perto de sua casa e se sentava na grama verde, ouvindo o cantar dos pássaros e sentindo o cheiro da natureza que vinha com a brisa leve que tocava o seu rosto. Aquele lugar a trazia paz.
Estava sentada lá numa tarde como qualquer outra, perdida em pensamentos; até ouvir o som de um violão que inundou o espaço vazio a trazendo de volta do seu mundo. Ela seguiu o som e a medida que se aproximava ouviu uma voz de homem que cantava uma música que ela nunca ouviu antes. Quando se aproximou notou uma pequena entrada escondida põe duas samambaias muito bem cuidadas e dentro uma cachoeira que caía como um jato pelas infinitas pedras abaixo. De costas para ela havia um garoto sentado com um violão e um pedaço de papel que ele rabiscava continuamente.
- E te dar o meu coração, só por... AH, DROGA! Está péssimo. – ele disse, rabiscando o papel mais uma vez.
- E te dar o meu coração, por seu amor? Está linda, você que fez?
- Oi, desculpa; não vi você. Pensei que mais ninguém vinha aqui.
- Eu também. Fico do outro lado da campina, aqui é lindo.
- É sim, é inspirador mais minhas ideias estão travadas.
- A música é linda, mesmo. Eu gostei.
- E te dar o meu coração, por seu amor, amor, amor. E talvez mais uma canção...
- Por seu amor, amor, amor; e expressar nessa canção, amor, amor, amor?
- Você é boa. Qual seu nome? – ele perguntou sorrindo.
- Júlia, e o seu?
- Marcelo.
- Ah, desculpa ter atrapalhado você.
- E te dar o meu coração, por seu amor, amor, amor. E expressar nessa canção, amor, amor, amor ♪ ' Não diria que está atrapalhando. Senta.
Ela caminhou em sua direção e se sentou em outra pedra a sua frente. Ficaram ali, escrevendo, rindo e cantando. Agora eles não precisavam mais ficar sozinhos; estavam juntos em um pequeno paraíso que só eles sabiam que existia. Nesse dia começaram a sentir uma coisa diferente um pelo outro...
Amor, amor, amor... ♪
0 Pessoas invadiram meus sonhos.:
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