quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Foi passageiro, não durou...

Continuava andando em direção ao muro de pedras, bateria com a cabeça, faria um corte fundo e cairiam algumas gotas de sangue. Sentia como se tivesse controle dos meus sonhos, mais era como se não quisesse mudar! Eu gostava das pancadas, e toda vez que parecia estar parando e mudando de direção, me obrigava a continuar correndo sem olhar para nenhum dos lados.
A dor da batida me fazia ficar desorientada, o sangue me faria ficar bamba. Eu levantaria, e de repente cairia sem prévio aviso acordando mais uma vez. Quatro noites seguidas, o mesmo sonho, a mesma dor, a mesma sensação; mais essa noite foi diferente. Ao invés de bater no muro, eu o atravessei, ele simplesmente desapareceu e do outro lado havia um lugar conhecido, mas desconhecido dali.
Voltei umas quatro ou cinco vezes, me obrigando a encontrar o muro e bater de novo para que pudesse acordar, mais nada acontecia. Eu só corria de um lado para o outro. Não entendia porque queria bater de novo; talvez porque tivesse me acostumado tanto com a dor da batida, com a sensação da queda que quando algo incrivelmente bom, como o desaparecimento do muro que impedia minha passagem, acontecia eu não acreditava, e me limitava a cair mais uma vez, com medo que se continuasse aquele caminho, o muro fosse três vezes maior.
Mais o muro de pedras sumiu, desabou. E agora eu vou ser feliz, recuperando os pedaços que você levou, um a um. Eu superei o meu muro de pedras! Eu superei você; e o oco dentro do meu peito parece duas vezes mais recheado agora, eu sinto ele bater.
d.s.m

0 Pessoas invadiram meus sonhos.:

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