sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A mão que me toca, a boca que me beija.



A roupa que eu usei na quarta feira passada ainda está em cima da cama. Dobrada, suja talvez. Guardando seu cheiro misturado com o meu daquele abraço estranho. Seu cheiro, meu cheiro. Eles combinam tão bem, se você pudesse senti-los agora concordaria comigo. Sabe, já fazem tantos anos. Tantos anos que sua mão toca minha cintura e nossos lábios se encontram em um beijo quase sempre apressado demais, minutos antes de você começar a xingar por eu ter que ir embora. Anos. É tempo demais. Mais de 2, eu tenho certeza. Não me lembro o dia mais a imagem do nosso primeiro beijo nunca me saiu da memória. Um beijo apressado como todos os outros depois de me deixar em casa à noite. Talvez se eu não me lembrasse tão bem de como começou, não me importaria tanto em como terminaria. Nem em se vou te ver e poder te tocar de novo amanhã. Eu sempre vejo, quase todos os dias. Talvez se não visse, esqueceria. Não o começo, mais todas as outras vezes. Eu já nem me lembro de tantas. Assim, eu não me importaria com o final, talvez nem lembrasse dele também. Isso tá me cansando, sua imagem toda noite, seu cheiro quase todos os dias, a mão na cintura, o beijo apressado. Não necessariamente isso, na verdade eu gosto. Mais o efeito que causa sobre mim, isso me cansa. Ás vezes tenho vontade de ir embora. Esquecer você, acabar com isso. Mais esperança é quase o único sentimento que me resta e nunca acaba. 
Vou pra lavanderia agora. E mais tarde.. acho que vou começar a pensar se vou te ver a noite, poder te tocar...

0 Pessoas invadiram meus sonhos.:

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