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Era estranho, tão estranho quanto bom. Aconteceu tão rápido, em um dia eu mal sentia você lá e no outro, depois de você me olhar, aquela casa parecia estranhamente vazia. Estranho, eu defini assim de novo. Mas é assim, até hoje quando você não está lá as borboletas param de bater as asas dentro de mim, eu me sinto tão vazia quanto aquela casa sem você; mas é bom, é bom porque eu sei que não posso sentir o que sinto; como não podia sentir quando soube que sentia. Foi preciso, era a coisa certa! Mas, se era a coisa certa, porque machuca tanto ? Porque eu não consigo parar de sentir se eu sei que não posso ? O que eu sinto ? O que são essas borboletas que ficam voando trazendo de volta o gosto do seu beijo, esse cala frio quando eu te vejo ? Eu consigo sentir o seu toque como se a sua mão estivesse lá. E é estranho, merda. É estranho! Porque eu não consigo esquecer aquele "oi" e a cor dos seus olhos meio vazios quando você me olhou naquele dia? Os seus olhos, vazios de algo novo, como os meus. Eu pude ver além deles, e é estranho, estranho e ... droga.

Quantas coisas perdemos por medo de perder, e quantas ainda vou perder só por medo de viver ?